quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O artigo An American Psychiatric Horror Story, de Todd Essig, evidencia de modo claro a barbaridade para que se caminha quando, ao considerar o tratamento de perturbações mentais, os que têm o poder olham mais para o dinheiro do que para a pessoa.

Aproveito para destacar outros aspetos interessantes deste artigo:

1 - "Let’s interfere as much as we can so we can make therapy as ineffective as possible and then we can stop covering it because it is not as effective as it should be."
Em Portugal, talvez se aplique também ao Serviço Nacional de Saúde ou à Escola Pública.

2 - “(...) a growing body of evidence suggests that providing patients with their preferred treatment is associated with better treatment retention and clinical outcome.” 
A reflectir: será aceitável que impunhamos às pessoas uma determinada técnica ou linha psicoterapêutica, principalmente quando ela não é da sua preferência (com o argumento de que a pessoa está doente e não está capaz de saber o que é melhor para ela)?

3 - "(...) life is hard. There are limits to growth and change.(...) Unlimited potential is a myth. The real secret is that not everything is possible. We have to make the best of what we can’t change. And there is lots we can’t change. But trumpeting unlimited potential is not the promise of psychotherapy." 
Certo. Mas sem tentar e sem experimentar, nunca saberemos o que, ou até onde, podemos mudar. E termino num registo mais esperançoso: acredito sinceramente que há muita coisa que podemos mudar.


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